PROJETO

Rede de Cozinhas Comunitárias do Grande Bom Jardim

Alimentar é um ato de amor e resistência. A Rede de Cozinhas Comunitárias do Grande Bom Jardim nasceu do território e virou referência no combate à fome.

O Grande Bom Jardim, em Fortaleza, é um território de muitas histórias — de lutas, sonhos e mãos que nunca deixaram de se estender umas às outras.
Foi desse chão fértil de solidariedade que nasceu a Rede de Cozinhas Comunitárias do Grande Bom Jardim, uma iniciativa coletiva que reúne hoje 24 cozinhas comunitárias espalhadas pelos bairros do Bom Jardim, Canindezinho, Granja Lisboa, Granja Portugal e Siqueira.

A rede é mais que um conjunto de cozinhas: é um movimento de resistência social. Um espaço onde o alimento se transforma em vínculo, onde o ato de cozinhar é também o ato de cuidar e reconstruir vidas.

A história da rede começou a ser tecida muito antes de existir oficialmente.

Desde a década de 2000, várias associações e coletivos comunitários já realizavam ações solidárias, distribuindo refeições, acolhendo famílias e criando espaços de apoio alimentar.

 Essas ações se fortaleceram com o tempo e, em 2011, as cozinhas passaram a se articular entre si, formando uma rede de apoio mútua — uma parceria informal, mas viva, pulsante, nascida da urgência e da compaixão.

Com a pandemia de 2020, a fome voltou a gritar mais alto. Foi nesse contexto desafiador que, em 2022, essa união se institucionalizou: nascia oficialmente a Rede de Cozinhas Comunitárias do Grande Bom Jardim, um marco histórico para o território e um exemplo de organização popular reconhecido em toda Fortaleza.

Hoje, a rede é um instrumento de articulação e fortalecimento comunitário, conectando cozinhas solidárias, ampliando o alcance das ações e criando uma estrutura de gestão coletiva, com lideranças que representam cada território.

Público e impacto

A Rede de Cozinhas atende milhares de famílias em situação de vulnerabilidade social, com foco em pessoas em extrema pobreza, idosos, crianças, mães solo e trabalhadores informais.

 Mais do que servir refeições, a rede busca fortalecer a autonomia alimentar, oferecendo cursos, capacitações e espaços de convivência que geram renda e pertencimento.

A cada prato servido, a rede reafirma um princípio: a fome não é natural — é resultado da desigualdade, e pode ser vencida pela solidariedade.

Como funciona


Uma história de compromisso com o povo

Em 2011, a associação CUBMGP foi uma das instituições que ajudou a articular as cozinhas do território, formando a base da futura Rede de Cozinhas Comunitárias.
E, desde 2022, com a institucionalização da rede, a associação passou a integrar a liderança, colaborando nas decisões, nas articulações e nas estratégias conjuntas que hoje sustentam esse grande movimento comunitário.

Hoje, a associação CUBMGP é reconhecida por sua trajetória exemplar, atuando de forma contínua e inspirando outras organizações a fazerem o mesmo.
Seu propósito é claro: garantir que nenhuma mesa no Grande Bom Jardim fique vazia.

Em 2011, a associação CUBMGP foi uma das instituições que ajudou a articular as cozinhas do território, formando a base da futura Rede de Cozinhas Comunitárias.
E, desde 2022, com a institucionalização da rede, a associação passou a integrar a liderança, colaborando nas decisões, nas articulações e nas estratégias conjuntas que hoje sustentam esse grande movimento comunitário.

Hoje, a associação CUBMGP é reconhecida por sua trajetória exemplar, atuando de forma contínua e inspirando outras organizações a fazerem o mesmo.
Seu propósito é claro: garantir que nenhuma mesa no Grande Bom Jardim fique vazia.

A rede de cozinhas e o programa Ceará Sem Fome

Parceria entre comunidade e poder público pelo direito à alimentação

Em 2023, o Governo do Estado do Ceará lançou o Programa Ceará Sem Fome, uma política pública ampla e pioneira que visa erradicar a fome em todo o estado.
O programa é coordenado pelo Comitê Intersetorial Ceará Sem Fome e pelo Gabinete da Primeira-Dama do Estado, e une esforços de instituições públicas, privadas e comunitárias.

Uma das grandes forças do programa é o fortalecimento das cozinhas comunitárias e solidárias, que se tornaram instrumentos centrais da política de segurança alimentar.

É nesse contexto que o Ceará Sem Fome se torna parceiro da Rede de Cozinhas Comunitárias do Grande Bom Jardim, fornecendo apoio institucional, logístico e financeiro para ampliar o atendimento e garantir a continuidade do trabalho.
Com essa parceria, a rede passou a atender de forma regular, contínua e com maior estrutura, beneficiando ainda mais famílias do território.

A associação CUBMGP, por sua vez, é uma das cozinhas beneficiadas e articuladoras dentro dessa parceria, atuando como ponte entre a política pública e o trabalho comunitário.
Essa relação de cooperação reforça que o combate à fome precisa ser feito de forma coletiva — com o governo apoiando e as comunidades conduzindo.

Quando a panela ferve, o coração do território pulsa junto

O alimento que chega a cada mesa é feito de muitos ingredientes: esforço, amor, luta e fé.

A Rede de Cozinhas Comunitárias do Grande Bom Jardim não alimenta apenas corpos, mas também esperanças.

A
associação CUBMGP, com sua trajetória e compromisso, é parte essencial dessa força — uma força que nasce do povo e volta para o povo.

E mesmo quando os desafios apertam, seguimos de pé.

Porque a fome não pode esperar, mas a solidariedade também não para.
E enquanto houver uma panela acesa, haverá resistência.
Enquanto houver partilha, haverá futuro.
Enquanto houver comunidade, haverá vida.